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Melhorar as competências digitais de adultos para obter melhores oportunidades de vida

As revoluções tecnológicas estão a transformar o mundo e a maneira como vivemos, trabalhamos e interagimos ao mesmo tempo que criam novas oportunidades e desafios a um ritmo sem precedentes. De acordo com o Comité Económico e Social Europeu, "A tecnologia da informação está a desenvolver-se em todo o lado mas ainda falta explorar o seu potencial na área do crescimento económico, emprego, inovação e, acima de tudo, na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos europeus. " O comité também faz referência à "Estratégia do mercado único digital", que levará todo o mercado de trabalho ao mundo da Internet e criará uma sociedade digital totalmente integrada.
Por um lado, a humanidade acolhe a Internet das coisas, digitaliza as suas casas, cidades, indústrias e estimula a progressão da inteligência artificial. Por outro lado, existe uma parte da população adulta que fica à margem das oportunidades providenciadas pela evolução tecnológica. De facto, as sociedades que incorporam mais inovações são aquelas que provavelmente serão mais pujantes no futuro. Hoje em dia, tarefas diárias comuns como a venda ou compra de produtos, transações bancárias, comunicação, obtenção/ armazenamento de informações, etc. requerem competências digitais básicas que têm o potencial de melhorar a nossa qualidade de vida.
Além disso, tendo em conta os níveis recordes de desemprego de longa duração na Europa (47,5% desde 2016) e os desafios existentes na procura de emprego, o domínio das competências digitais é praticamente imprescindível, até nos trabalhos mais tradicionais.
A questão que se impõe é "Estamos prontos para a mudança?" - a Comissão Europeia indica que mais de 40% dos cidadãos da UE carecem de competências digitais básicas e, atualmente, testemunhamos os impactos negativos que tal tem no desemprego de longa duração, na exclusão social e desigualdade (Comissão Europeia, Competências Digitais e Emprego, 2016). A Turquia aparece como o país com menor desempenho, já que 53,3% dos adultos (entre 16 e 65 anos) não possue competências digitais básicas e 38% destes indicam não ter qualquer experiência anterior com computadores.
A situação nos países parceiros também é bastante preocupante dado que o relatório da OCDE revelou que 37% dos adultos na Grécia e 28% dos adultos na Lituânia não possue competências TIC básicas. Em Portugal, embora não existam dados relevantes, existe um interesse por parte do país em promover a aquisição de competências nesta àrea.
Como afirma a CE, "aqueles que podiam beneficiar mais da educação e formação são aqueles que têm menos probabilidade de se envolver". Neste processo de promoção de competências digitais, a formação de “adultos de difícil acesso” (definidos na secção C) é crucial e desafiante. É urgente e necessário criar novas formas de motivação para alcançar estes adultos, mobilizá-los e aumentar a sua capacidade de aprendizagem. Neste caso, as práticas de gamificação que serão adotadas nas interações presenciais e nos espaços e-learning são muito promissoras para estes fins.
O objetivo principal deste projeto é a disponibilização de oportunidades flexíveis de aprendizagem aos “adultos de difícil acesso” através de interações presenciais, uma plataforma e-learning interativa e uma app equipada com estratégias de gamificação.
O projeto também reunirá grupos destes adultos em workshops para lhes mostrar como transferir as suas competências digitais para situações da vida real e como usar a tecnologia para melhorar as suas vidas.